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Entrego-me de corpo e alma e desiludo-me. Não consigo ser de outra maneira, já tentei, não dá. Mas também sei que já fui mais. Mais tudo. Sentada no sofá a cena repete-se vezes sem conta. 'É para sair? É'. Banho, vestir, comer...ficar em casa. Chega a ser surreal a quantidade de vezes que as pessoas me deixam na mão. Porque estão cansadas, porque afinal foram não sei onde, porque afinal não lhes apetece sair, porque apareceu alguém e esqueceram-se que eu estava à espera, porque, porque, porque...porque dão atenção ao que querem, ponto. Eu não faço isto. No máximo atraso-me, mas não descombino, não estão a contar comigo e eu falho, não deixo pessoas em casa sozinhas sabendo que disse que ia sair, não digo 'sábado? claro! vamos à festa não sei onde, vamos ao lux', e depois nada...não faço isto. Às vezes pergunto-me se há mais gente a quem acontecem estas coisas. E também pergunto-me se devia agir como agem comigo. Porque começo a transformar-me sem querer, sem aviso prévio...e nem sei se para melhor. Não faço para receber de volta, mas ando cansada que não vejam o valor do que dou, só isso.
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2 comentários:
Sabes que a maioria das pessoas não dão grande importância às pequenas gentilezas. No fundo é normal que fiquemos mais sacanas com a quantidade de vezes que nos deixam na prancha mas o importante é nunca deixar de saber descriminar positivamente quem sabemos que não o faz.
Uma vez, numa altura pre-telemóvel, uma miúda de quem gostava muito deixou-me à espera durante horas até que lhe liguei de uma cabine para casa (outros tempos mesmo!) onde ela estava, descansadita, à espera de uma coisa qualquer que soou a má desculpa. Andei a pé durante horas naquele coma adolescente de quem tinha sido deixado à espera da tal rapariguinha.
NM: Sim é importante continuar a mimar quem nos mima ;)
Más desculpas...é o dia-a-dia de todos nós i guess.
bj!
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