segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Aos 28

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Há coisas que tenho de admitir por escrito e uma delas tem a ver com os homens. Não tenho jeito para eles. E pronto é isto. Não tenho aquele talento natural para os cativar e para saber lidar com as suas expectativas. Não percebo o que querem, quando querem e como querem. Nunca sei se posso ser directa e sincera, se não. Ora gostam de mulheres independentes ora preferem o estilo sem sal. Gostam de gajas difíceis que lhes dão para trás, mas também gostam das que vão directas ao que pretendem e ainda daquelas que não dão para trás mas sabem jogar. Não me enquadro em nenhum destes géneros devo dizer. Sou directa e sincera com quem vejo que posso ser, nem todos aguentam, não sei fazer-me a homens, não noto quando estão na mesma onda que eu e basicamente perco os timmings.  E é isto. Consigo ver-me a agir de outra maneira, consigo no momento visualizar o que devia fazer e como fazer...mas não tenho lata. Sim quem me conhece não diria que me falta a dita, mas isso não é bem assim. Sei expressar-me muito bem, mas não nesse campo. Fico atrapalhada e penso ‘e se dou um passo e não correspondem?’...e perco timmings. Os amigos dizem que não há motivos para ser assim. Pois...como assim motivos? Sou tímida sem sê-lo. Pronto admito. Gosto deste meu lado que me faz sentir deslocada no mundo dos relacionamentos? Não, porque faz-me perder pessoas e momentos. E fico a remoer sozinha ‘devia ter feito isto, e aquilo, dito assim e feito assado’. Vou tentar mudar, seguir instintos ou algo que o valha. Não sei se vai ser fácil, por isso homens deste planeta azul deixo-vos um recado: colaborem. Não apenas comigo, mas tentem perceber as mulheres à vossa volta, nunca se sabe se está uma como eu ao vosso lado, sem saber o que fazer e a perder oportunidades em catadupa.

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