terça-feira, 29 de abril de 2008

'E tá a andar de mota'

u

Em tempos que já lá vão tirar a carta de mota era simples, bastava a pessoa dirigir-se à junta de freguesia (se não estou em erro) e respondia a uma perguntinhas do tipo: que sinal é este que diz Stop?

Hoje as coisas são muito diferentes, a começar pelo facto de quem se dirige ao local do exame ter de se fazer acompanhar de um carro. Para quê? Para o examinador.

E eu pergunto: porque raio os gajos da escola não usam um dos carros deles? Se fosse uma das pessoas que vão tirar a carta mandava chamar um táxi e dizia: Olhe vá aí que não há pão pra malucos. Ora o senhor queria usar o meu carrinho não era? NÃO!

Mas se estão à espera que esta seja a única coisa estranha neste processo, deixem de esperar, isto vai além do surreal.

Ora a pessoa tem de levar a sua mota para o exame e um carro. E se não tiver carro?

Ah essa parte é bastante fácil de resolver, pede emprestado o de alguém que também vá ser examinado. Tipo: ó vizinho faculta-me aí a viatura? Temos de ser uns pós outros.

E perguntam vocês: Então como se leva a mota quando não se tem um carro para transportá-la? Essa pelos vistos também é de fácil resolução – a pessoa conduz a mota até lá. Pensavam que isto era só facilidades?

E se a pessoa não passar no exame? Ah! Aí já a conversa muda de figura. Estava a brincar, não muda nada, se a pessoa chumbar vai na mesma a conduzir. Então vocês queriam que as motas de quem chumba se amontoassem no local do exame!? Ai.

E eu que levei tanto tempo a perceber a expressão que intitula este post. Estava na cara, não estava?



1 comentário:

Porcos no Espaço disse...

Isto lembra-me uma cena do Kramer, no Seinfeld.

Kramer contava uma história em que ia devolver umas calças, mas no caminho caiu algures numa poça e sujou-se. Assim já não podia devolvê-las.

Alguém lhe perguntou intrigado "Espera, mas tu levavas vestidas as calças que ias devolver?"

ao que ele repondeu "sim".

A outra pessoa, ainda mais preplexa "Nesse caso como é que planeavas regressar?"

Kramer: "Hello? Estavas a ouvir a história ou quê? Eu nem consegui chegar à loja."



A ideia de ires para o exame de mota a guiar uma mota (e a possibilidade de chumbar no exame e regressar a casa na mesma mota) tem o mesmo grau de anormalidade de Kramer.

O problema é que Kramer é ficção.