Radiohead e Mtv Exit juntos numa causa do tamanho do mundo, o tráfico de seres humanos, neste vídeo centrado na exploração do trabalho infantil.
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Palavras pensadas, ditas e escritas. Que ficaram por dizer ou que disse a mim mesma em voz baixa. Palavras partilhadas em postais imaginados.
Em tempos que já lá vão tirar a carta de mota era simples, bastava a pessoa dirigir-se à junta de freguesia (se não estou em erro) e respondia a uma perguntinhas do tipo: que sinal é este que diz Stop?
Hoje as coisas são muito diferentes, a começar pelo facto de quem se dirige ao local do exame ter de se fazer acompanhar de um carro. Para quê? Para o examinador.
E eu pergunto: porque raio os gajos da escola não usam um dos carros deles? Se fosse uma das pessoas que vão tirar a carta mandava chamar um táxi e dizia: Olhe vá aí que não há pão pra malucos. Ora o senhor queria usar o meu carrinho não era? NÃO!
Mas se estão à espera que esta seja a única coisa estranha neste processo, deixem de esperar, isto vai além do surreal.
Ora a pessoa tem de levar a sua mota para o exame e um carro. E se não tiver carro?
Ah essa parte é bastante fácil de resolver, pede emprestado o de alguém que também vá ser examinado. Tipo: ó vizinho faculta-me aí a viatura? Temos de ser uns pós outros.
E perguntam vocês: Então como se leva a mota quando não se tem um carro para transportá-la? Essa pelos vistos também é de fácil resolução – a pessoa conduz a mota até lá. Pensavam que isto era só facilidades?
E se a pessoa não passar no exame? Ah! Aí já a conversa muda de figura. Estava a brincar, não muda nada, se a pessoa chumbar vai na mesma a conduzir. Então vocês queriam que as motas de quem chumba se amontoassem no local do exame!? Ai.
E eu que levei tanto tempo a perceber a expressão que intitula este post. Estava na cara, não estava?
Há pessoas que sorriem para a vida, Richard Branson é uma delas. Aliás ele não sorri para, ele ri dela. Para quem não sabe este senhor é o patrão da Virgin. Tem quase 58 anos e investimentos em música, aviação, vestuário, bio-combustíveis e viagens aeroespaciais. Sim, ele tem muito dinheiro.
Procurei a sua história e descobri que o senhor era disléxico e sofria muito, e que por isso os paizinhos acharam que deviam educá-lo para ser independente e auto-confiante. Eu acho que deu bons resultados, porque se ele chegou até aqui é porque acreditou bastante que conseguia ultrapassar obstáculos.
Acreditar aliás é só o que ele faz. Neste momento criou o projecto Virgle. Uma associação entre a Virgin e o Google, com o objectivo de colonizar Marte.
Ora este senhor, que pode fazer o que quiser da vida, escolheu como projecto especial encher um planeta vizinho de pessoas. E para isso cada um de nós pode enviar uma candidatura e apresentar as razões para ser um dos 20 escolhidos. Sim, apenas 20 serão os escolhidos para colocar o pézito no planeta vermelho.
E pergunto eu: Qual será o critério de escolha?
Entram os geeks que sempre sonharam ir para um lugar onde os compreendam? As miss USA boazudas que não sabem onde fica Marte mas acham que lá devia haver paz no mundo? Ou os sócios do Benfica e do Manchester que enviaram candidaturas aos magotes?
Não sei a resposta, mas adorava estar no processo de selecção.
Richard Branson acredita mesmo que isto é possível e que vai acontecer. Se for por ele a colonização dá-se. O que acho extraordinário no meio disto tudo é que ele tem tudo e continua a sonhar. Mais, tem uma alegria no rosto quando fala disto que dá vontade de acreditar nele. Porque quer queiramos quer não, ele sempre conseguiu tudo o que quis.
E isso não é para todos, só mesmo para quem tem o poder de crer.