sexta-feira, 2 de outubro de 2009


O ouvido finalmente encontra o chão. Não se ouve nada, passa o eléctrico e por momentos parece o metro. As mãos sentem os veios da madeira e de repente a cara fica com água. Deixo-me ficar. Ouço nitidamente os batimentos cardíacos como se tivesse o coração nos tímpanos. Olhos abertos para o branco. No pensamento nada. Deixo-me ficar. Não há ninguém a olhar. Vejo uma sombra suicidar-se...ainda bem. A boca com água sorri. O contrário da sombra levanta-se e vai. Se há momento para ir é agora. 

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