sexta-feira, 26 de março de 2010

Êmese

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Estar doente é mau? É pois. Diria que é mesmo uma grande merda quando dá dores como as que tenho. Há coisas que até se ultrapassam bem, uma alergiazita, uma gripezita e tal, mas quando já vai até ao patamar do pontapé no rim é de mau gosto. E depois há o tratamento. Efeitos secundários? A tal êmese. Pois que isto de haver umas coisas que matam o bicho que nos anda a chatear é bem giro, mas tinham de me pôr como se tivesse comido chop suey estragado...compulsivamente? Pergunto-me se o pessoal de farmácia, quando está a investigar um medicamento liga o botão do sadismo. Até imagino os diálogos:
'Finalmente consegui! Infecção kaput, descobri o remédio! (sim, malta que investiga diz kaput, tenho a certeza).
'Mas espera, isso assim só não tem piada, mete aí um efeito qualquer, borbulhas, dormência...ou náuseas! Daquelas que a pessoa chega a vias de facto e tudo.'

E depois o riso maléfico 'AHAHAHAHAHAHAH'.

Se não acreditam vão até aos centros de investigação e confirmem. Quando lá chegarem agradeçam por mim. A sério, se bebesse 2 garrafas de absinto seguidas e fosse espancada por um macaco suíno não me sentiria assim. Mas não me queixo, atingi todo um novo nível no meu léxico de palavrões e isso dá um jeitão a uma copy. Ó se dá.


quinta-feira, 25 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Florence & The Machine





Há um antes de Florence e um depois de Florence, e o depois é muito melhor.

Existem concertos que já transpiram sucesso mesmo antes de começarem, este foi um desses casos. Uma Aula Magna a rebentar pelas costuras aguardava a chegada pela primeira vez a Portugal de Florence e sua banda. A inglesa entrou em palco de vestido branco imaculado e uma postura a roçar o tímido, mas desde o momento que se viu livre das suas sabrinas e ficou descalça tudo mudou. Em final que digressão europeia ela deu o seu melhor, e diria até o tudo por tudo.

Depois das dez da noite soavam os acordes do enérgico Howl  e foi ver, qual poção mágica, o público a levantar-se instantaneamente. Ao som de palmas coordenadas Florence Welch bateu o pé e mostrou o primeiro single do álbum de estreia Lungs. Kiss with a Fist veio consolidar a animação já instalada e pouco depois  Hurricane Drunk  e  My Boy Builds Coffins pintava a sala de calma e a vocalista aproveitava para abraçar uma fã que ficou visivelmente emocionada com o gesto.

Com Hardest of Hearts, tema que já ganhou sucesso apesar de apenas presente numa edição especial de Lungs fez disparar a audiência numa verdadeira festa. Foi nesta altura que Florence puxou o público para junto de si. Pediu literalmente para que se chegassem à frente e a invasão dos doutorais deu-se. Ela disse que assim tinha mais a ver com ela, os portugueses agradecem a proximidade. Depois disto quando chegaram os extraordinários Between Two Lungs, Drumming Song e Cosmic Love já os saltos, as palmas, o coro estava em plena harmonia com a banda. Baterias poderosas, teclados, guitarras, baixo e uma harpa que faz as delícias de qualquer concerto provaram que são uma ‘máquina’ bem oleada, à volta de uma portentosa Florence.

A sua voz arrepiou com Blinding e I’m Not Calling You a Liar. Entre o poderoso e o melancólico fez-nos viajar entre notas e cambiantes sonoros, onde até os instrumentos se calaram para a ouvir. Sem pedir licença e com passinhos de bailarina entregou-nos das músicas que protagonizaram um dos pontos altos da noite Dog Days are Over.

Na mala do encore trouxe dois dos temas mais conhecidos, You’ve Got the Love e Rabbit Heart (Raise it Up), a fechar o concerto com os portugueses a gritar ‘raise it up’, enquanto levantavam as mãos à ordem da vocalista.

Florence chegou com a atitude que gostamos de ver: energia, uma voz extraordinária, sem colocar barreiras entre ela e o público e com muito sentido de humor. Um concerto que vai ficar na retina durante muito tempo, pelo menos até voltarem como prometeram.

Para: FestivaisPt

Cranberries




Um campo pequeno que chega cada vez mais a horas e antes da banda principal iniciar, brindou os norte-americanos Outside Royalty com uma sala já bem composta.  A banda de All Nights Out brindou o público com um rock alternativo pintalgado com toques de violoncelo e muita bateria. A versão de Eleanor Rigby, dos Beatles, fez a audiência soltar as palmas e o carinho por esta banda ainda pouco conhecida no nosso país.

Com a pontualidade britânica a estender-se aos vizinhos irlandeses, a banda de Dolores O’Riordan entrou em palco à hora marcada. num cenário despido de grandes arteficios os Cranberries são uma banda que mostra ao que vem: partilhar a sua música. Após uma paragem de vários anos, podemos arriscar  dizer que esta tornou-se uma banda ‘vintage’. Os seus êxitos povoam as recordações da nossa adolescência e juventude, e isso levou a vocalista a entregar refrões, e em alguns casos quase que toda a canção, à voz do público.

Quem marcou presença e estava à espera de uma viagem pelo tempo, recebeu-a. O concerto arrancou com a poderosa bateria de Fergal Lawler e os acordes de Analyse e a animação estalava entre o público. Entre temas tão famosos como Animal Instinc’, Free to Decide e Ridiculous Thoughts , Dolores mostrava a emoção deste reencontro com o público português. As saudades notam-se, mas ela fez questão de verbalizar durante toda a noite o quão ‘unforgettable’ nós somos. Ao som de Linger e com a vocalista na boca do palco, de mão dada com os fãs, deu-se um dos momentos altos da noite. O público pedia mais e mal podia esperar pela força com que músicas como Salvation e Zombie surgiram. De guitarra em punho a vocalista mostrou que a voz ainda é a mesma e arrepiou-nos com temas como Ode to my Family, Shattered e Dreaming my Dreams. Já com o Campo Pequeno de pé e em encore o final da noite foi em modo energético com Promises e o tão aguardado Dreams.

Os Cranberries na voz de Dolores prometeram voltar a Portugal, mais que não seja porque Segundo a mesma ‘"Vocês são o nosso melhor público na Europa até agora!". Nós agradecemos, retribuímos e pedimos que na volta toquem o Daffodil Lament.

Para: FestivaisPt

domingo, 14 de março de 2010

Postal Cantado (1)


-Nut In Your Eye -  Alcoholic Faith Mission

-Orange Sky – Alexi Murdoch

-Hollywood (Fenech-Soler Remix) - Marina And The Diamonds

-Empire State of Mind – Alicia Keys feat Jay-Z

-Agulha do Tempo – Margarida Pinto

-Nude (Holy Fuck Remix) – Radiohead

-Thistle & Weeds – Mumford & Sons

-Night Time – The Xx

-Golden Slumbers/Carry That Weight/The End – Beatles

-In for the Kill (La Roux) Cover – Miike Snow


quarta-feira, 10 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Frase perdida

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Há espaços que são pequenos demais e saudades q nos ocupam.

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Novidade em formato postal


Porque adoro música e de descobrir coisas novas. Porque tenho saudades da rádio. Porque gosto de partilhar sons. Por tudo isto este blog vai passar a ter todas as semanas um Postal Cantado. Uma playlist de coisas boas para ouvir, a pensar naqueles que gostam de 'escarafunchar' nas pautas musicais alheias. Alegria!



segunda-feira, 8 de março de 2010

13 anos


O dia 8 de Março é mais do que o dia da mulher, é o dia em que pela primeira vez pisei um palco a sério. As palmas das mãos suadas, a barriga às voltas, o arrepio por ouvir as pessoas do lado de fora, o medo de esquecer o texto...parece que foi hoje. Há coisas que ficam para trás e não sabemos se voltamos a recuperar, mas acredito que tudo tem um sentido, mesmo que não saibamos de imediato qual é. 

Cada um de nós tem um aniversário, eu tenho dois, um deles é hoje.


domingo, 7 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

De verdade

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Há pessoas que são boomerangs.

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