Ao longo da semana passada mal houve tempo para respirar, o motivo tinha um nome: Offf. Levantar todos os dias às 6:30, entrar às 8:00 e compensar o tempo que iria usar na 5ª e na 6ª na Fundição de Oeiras. Na quarta-feira já mal me aguentava nas pernas, era chegar a casa, comer e deitar. Venha quinta! E este foi um daqueles dias em que nos damos conta que há ali um ponto de viragem na nossa forma de ser. Algo que nos transforma sem sequer pedir licença. Posso explicar, tentar pelo menos, mas acho que não vão percepcionar da mesma forma, talvez o tenham vivido de outra forma e ainda bem se assim foi, mas por aqueles dias percebi que naquele espaço:
Quando estava sozinha sentia-me sempre acompanhada
Era fácil encontrar alguém para conversar
Existiam ideias no ar a toda a hora, as nossas e as dos outros.
O calor e o pó conseguem alterar o estado nervoso do meu sistema respiratório.
Qualquer cansaço acumulado se transformava facilmente em boa disposição.
Em cada dia se reencontravam amigos e faziam-se novos.
Era bom mandar sms a perguntar ‘onde estão’ ou não mandá-las porque afinal queríamos estar sós.
Levamos uma chapada na cara nas conferências que acorda e faz voltar a querer de novo o que já tínhamos esquecido de fazer.
Passamos a acreditar que talvez o impossível não é assim tão difícil de conseguir
Ouvir foi tão fácil.
Fazer figuras tristes frente ao painel do Joshua ou da Multitouch era o ponto alto do meu dia.
Foi bom meter a mão na luz.
Dançar em ‘Loop’, sem luz e com som altíssimo é bom quando nos deitamos e fechamos os olhos.
O meu molesquine ganhou nova importância.
Por isso estou em modo Offf, por isto vou e quero manter-me assim. Tudo ganha uma nova importância quando conseguimos ver o que realmente interessa. A pulseira está cá ainda, acho que vai continuar…só para olhá-la, respirar fundo e focar-me quando estiver a voltar a afastar-me.
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