uPara começar confesso antes de mais que até há uns anos atrás não gostava de brasileiros. Não me perguntem porquê, apenas não gostava. Chateava-me aquela coisa de adorar o Brasil que via nas novelas (sim eu vejo-as), as pessoas, costumes, publicidade e etc e deparar-me com uma realidade bem diferente, trazida pelos imigrantes.
Quando entrei para uma das agências onde trabalhei fiquei na equipa de trabalho de um brasileiro. Ok ele era meu supervisor. O oposto do brasileiro, calado e tímido. Fiquei com medo. Comecei a conhecê-lo e a minha ideia mudou por completo. Ajudou-me muito, apesar dos prémios que tem na sua pasta é humilde e muito boa pessoa. Nos entretantos também passou por lá mais um director de arte paulistano bem ‘bácana’ que me chamava por um nome de manteiga bem engraçado e que era o motoqueiro mais fofo do Brasil (esta aprendi com eles, para eles tudo é fofo, até o Ronaldinho Gaúcho).
Actualmente a pessoa que me entrevistou e ‘trouxe’ (ou seja escolheu-me entre os outros marrecos), para a agência onde estou é brasileira. Tenho aprendido imensa coisa sobre S.Paulo e o Brasil, descobri que sei muito mais sobre aquele país do que imaginava e que tenho um prazer enorme em perceber as diferenças dentro da língua portuguesa e desta com ‘sotaqui’.
Hoje sei o que é uma patricinha e um mauricinho. Sei a diferença entre um bem casado e um casadinho. Que Rio de Janeiro e São Paulo têm rivalidade. Que gosto de Paçoca, Doce de Leite e Bis Bis. Que a H&M seria um óptimo negócio no Brasil. Que eles acham o Ronaldinho Gaúcho melhor que o Cristiano Ronaldo (vão sonhando). Sei que lá tem chá de panela e chá de cozinha (é tipo despedida de solteira). Que as brasileiras passam as passas do Algarve para descobrir: a esteticista ideal, cuecas brasileiras e biquínis que tal. Que lá adoram carne de vaca e não estão acostumados a comer strogonoff de frango, porco, etc…Que não entendem um cú da nossa gramática (eu dou o meu melhor a explicar juro) e que nem todas as brasileiras sabem sambar.
Um destes dias recebi isto lá do outro lado do mundo.
E um dia sei que irei lá, para sambar na Sapucaí, banhar-me em Copacabana e assistir aos espectáculos de São Paulo. Não perder o dia da ‘Pitza’ e os hambúrgueres das lanchonetes.
Olhar o país e pedir desculpa por um dia não ter gostado daquelas gentes.
P.S.: Só para frisar que este é mesmo um doce 'legaú'.
u
7 comentários:
Aeeeee...O Brasiú é legaú!!!
Troco aulas de gramática por docinhos sempre, acho um ótimo negócio.
E só para constar - A Bia samba melhor do que eu!
Em fevereiro vou levá-la para o Carnaval...Acho que ela nem volta mais, viu Miguel...É melhor ir junto
Beijossssss
Adorei a homenagem!!
Quau é, garota? Tu acha que eu vô vacilá?
Pingolim é matraquilho.
O que tinhas é uma coisa chamada preconceito. Não havia uma razão concreta para não gostares de zucas, apenas desconhecimento. Felizmente já te passou.
Com a bagagem toda que aquela malta tem, seria um desperdício continuar a embicar com eles.
pingolim é pilinha!
pebolim é matraquilho =D
(não sei se é mto feia a palavra utilizada para a explicação, masss.. achei melhor esclarecer hehe)
bia, o brasil te aguarda de braços abertos!
bjinhos,
Fê
Oié Fê!
Comu cê tá meu chapa. LOL
Bem-vinda à blogesfera e à minha casinha*
Nem falou de mim, né cara!!!!!
Tb tens que vir a Fortaleza para descobrir que aqui não é só a prostituição que manda, tambem tem muitas belezas naturais!!!
Beijos
Inês
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