Inauguro este lugar com um tema que me é muito querido – o facto de eu não ter qualquer experiência nos veículos anteriormente referidos.
Pois que não sei andar de bicicleta, nunca andei num avião e não tenho carta de condução.
Para quem está surpreendido por existirem pessoas assim na face da terra, desenganem-se que há muita gente igual.
A bicicleta devo dizer que é com grande pena minha que não a sei ‘manejar’, até porque sempre morei numa cidade bastante plana, mas a verdade é que…nunca calhou. É a mais pura das verdades. Não calhou ter bicicleta, pedir uma, ter vontade de aprender e muito menos não calhou ter a febre das BMX – sim quando era miúda estava na berra.
Hoje em dia pergunto-me: Era bom saberes andar de bicicleta?
Epá acho que sim, porque no mínimo podia juntar-me ao grupo de pessoas que troca alegremente experiência sobre cabeças partidas, cotovelos esfolados e dentes a saltar na via pública.
O avião. Esse transporte onde ainda não coloquei os meus delicados pés nº36 é sem dúvida uma grande incógnita para mim. Há quem ame e há quem odeie. Há quem deteste a descolagem e quem fique com os tímpanos aos saltos na aterragem. Há quem tome calmantes e há quem vá excitadíssimo à janela aos berros: Olha as nuvens! Olha as pessoas tão pequeninas lá
Para este caso até eu acho estranho nunca ter acontecido. Porque desde sempre tive o fascínio por outros povos e culturas, e as viagens são um mundo que sempre quis explorar. Mas as férias de família nunca foram nesse sentido, as com os amigos também não e vou ser sincera, sozinha por preguiça nunca me pareceu boa opção.
Hoje em dia: Não gostavas de ter andado de avião nem que fosse para ir até Freixo-de-Espada-à-Cinta ? Pois claro que sim, para já porque não conheço bem o distrito de Bragança e depois porque já gostava de ter ido a pelo menos 25 países.
O carro. Sim, tenho idade para ter a carta há pelo menos oito anos. Sim, não custa nada tirar (sem ser o q se paga claro). Sim, dá liberdade de movimentos. Sim, não sei do que estou à espera para partir à aventura de conduzir o meu carro como se não houvesse amanhã. A verdade é que nunca o fiz e o mais estranho de tudo é que adoro andar de carro.