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Quando a vida gira e saímos do lugar custa-nos a perceber qual vamos ocupar em seguida. Damos voltas, observamos, procuramos e nem sempre encontramos. Às vezes porque não há sítio para nós. Porque o nosso sítio somos nós e todo o lado. Depois de anos a ir de férias a 4, a 100, a 6/8 e a 2 este ano estava-me destinado o número 1. Senti-me estranha, mas aceitei e marquei no calendário. Acabei por ser 1 em 10. Sem esperar, sem amigos de longa data e sem expectativas. Olhando para trás posso afirmar, e apercebi-me disso já no local, que a ilha mudou-me. Estar num lugar no meio do oceano relativiza as coisas e ajuda-nos a perceber um sem número de outras. Não sei quantas vezes respirei fundo e senti ao expirar que estava a ir muita coisa que já não precisava. Acho que ninguém se apercebeu, ainda bem. Dentro da viagem fiz a minha viagem, pacificamente…e sem expectativas. Um sem que acabou com. Com uma nova forma de olhar e com mais uns amigos. Nestas férias, numa só ilha percorri todo um mundo. E de tanto percorrer fiz o caminho inverso e não me cansei. Começo a conseguir responder à pergunta. Àquela que muitos julgam saber responder…mas que na realidade poucos pararam para fazê-la.