domingo, 31 de janeiro de 2010

Somebody told me

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What goes around comes around.  


...Let's hope and see.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Stand by

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É o botão que se carrega em algumas alturas da vida e em relação a algumas pessoas. Porque faz sentido e é melhor assim. Colocar os pés no chão quente e esperar pelos pés frios, que mais tarde ou mais cedo chegam. Gosto dos amigos que estão lá apesar das tempestades, aqueles a quem sei que posso pedir um rim se um dia precisar. Há amigos que até se me pedissem o coração daria de boa vontade. Daqueles amigos que não são perfeitos e demoram a perceber isso. Aqueles que pegam no taco de jogar bolas contra o estômago e atiram sem avisar. Esses amigos que um dia olham para trás e percebem que estiveram quase a perder-me...que não me trataram como os tratei a eles e que isso não é merecido. Não sou o tipo de pessoa que se estou feliz, tudo à volta deixa de existir ou passa a segundo plano. Não sou. Estimo quem me trata bem. E espero pacificamente que quem gosta genuinamente de mim continue comigo ou que um dia volte a mim. Acredito na amizade, nesse amor que para mim conta mais do que muitas paixões. Não tenho medo de dizer aos amigos que os amo. E estimar esse sentimento acima de tudo.

A quem não consegue ver além de o plano apertado momentâneo : O que tinha para te dar ficou na gaveta. Isso e a surpresa que ias levar contigo. Um dia vais carregar no botão e fazer Play. Um dia. 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Matéria

 

Não de escola, mas aquela de que somos feitos.  A que fica a descoberto nas ocasiões mais inesperadas. Dou por mim a ser posta à prova e vejo que por mais voltas que dê, há coisas que eu não posso mudar.  Não consigo ignorar as pessoas, por muito que me magoem e não consigo magoar de volta. Não deixo de sentir afecto e simpatia por quem me fez bem um dia, por quem me deu carinho e alegria. E é aqui que vejo a minha matéria. Não importa os outros, não importa se não são assim. Se me entristece se algumas vezes, não sou tratada como mereço? Fico mais triste pela matéria deles ser frágil e quebradiça. O meu umbigo não é maior que eu, é apenas um ponto na minha barriga e quanto a mim, isso faz toda a diferença.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Be creative

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Why do you want to work here?
Because you have cupcakes.
Oh...that's a new answer.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Difícil


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É saber o passo a seguir. Hoje fiquei a conhecer o meu e estou feliz por isso. 
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Crash.

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Hoje sem aviso prévio levei uma pancada do lado esquerdo. Não há mecânico nas redondezas e o orçamento parece-me grande demais. Tão enorme que eu própria não tinha essa noção. Tão enorme que...não há palavras para descrever o meu estado catatónico. Este lado esquerdo está de rastos e eu com ele.
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sábado, 23 de janeiro de 2010

Complemento Indirecto

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'Como é que em tão pouco tempo, se sente tantas saudades? Como é que alguém que agora está, mas que há bem pouco tempo não estava, nos deixa de sorriso rasgado e de coração na mão?'

Resposta: Não sei, é a primeira vez.

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mão e razão.

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Apetece-me escrever mas a mão dói-me.  Oiço-a pedir clemência, como uma dobradiça enferrujada pede óleo. Quero escrever mas os olhos pesam, as mãos percorrem o pescoço e encosto a cabeça no sofá. O tecto já não é branco, por ele passam imagens que nem eu sei onde estavam, mas o certo é que as vejo. Uma dor aguda assoma no anelar...que fica imóvel durante breves segundos...e as imagens mudam. A mão encosta e segura a cabeça. Não quero pensar, mas é impossível. Penso no que se segue,  sem evitar ver o que vai ser. Gosto do que vejo, apesar do cansaço o sorriso aparece. Tiro os ganchos q me prendem o cabelo e as mãos entram sem pedir licença. Num gesto que parece ser em câmara lenta, fico de lado na almofada, meio torta, mas não me importo. Ninguém está a ver...e se visse? O segredo é não ter de pensar no que vai ser pensado.  Sem  querer  dou por mim a pensar numa pessoa.  Encerro os olhos na tentativa de perceber a razão de a ter e encontro-a na parte de dentro das pálpebras. A razão está quietinha a um canto e sorri para mim. A mão dá de si...já não aguenta mais. Dou-lhe tréguas e agradeço a paciência que teve.  À  razão dou-lhe razão. Sim é por isso. 

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Coisas a dizer antes que seja tarde demais.

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Gosto de te ter na minha vida, que nunca chegue o dia de saires dela.

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domingo, 17 de janeiro de 2010

Breathless

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Ontem acordei numa felicidade só, à noite ia ao teatro. Não ia ‘só’ ao teatro, ia ver uma peça há muito esperada. Um amigo arranjou bilhetes óptimos, corridinha a ir buscá-los e siga jantar. Conversa porreira, jantar com gosto italiano e aqui vamos nós. A peça é boa e está bem adaptada, com um texto denso transformado e tornado acessível ao grande público. Um bom elenco: Bruno Nogueira, Carolina Villaverde Rosado, Dinarte Branco, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Gonçalo Waddington, José Manuel Mendes, Luísa Cruz, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Márcia Breia, Maria Rueff, Marina Albuquerque, Nuno Lopes, Ricardo Aibéo, Rita Durão, Rita Loureiro, Sofia Marques, Teresa Madruga. Ponho os nomes de todos sem excepção, porque todos colocam na peça um pormenor, que quanto a mim faz a diferença. Se há alguns que se destacam? Claro que sim. O único problema desta peça é o facto de ser enorme, até para mim que amo esta arte. Entramos às 21h e saímos à 1h, com um intervalo de 10 minutos a meio. Confesso que houve alturas em que a minha atenção dispersou…e isso não é bom, pelo menos para os meus padrões. No final da peça fiquei com a sensação de que podia vê-la em duas partes separadas, em dois dias diferentes. De seguida: Bairro. Demasiado cheio, demasiada confusão para quem tinha acabado de levar com três horas e tal de Aristófanes, mas a realidade é que apetecia-me dançar. Não fui dançar. Senti-me um jogador convocado que ficou no banco. E até acho que estava bastante bem equipada para jogar. Fiquei no sofá a pensar na noite, na qual fui a um dos meus sítios favoritos, e com uma das minhas pessoas favoritas, mas ainda assim sentia faltar qualquer coisa. Percebi já era quase de dia, que fiquei com energia a mais no corpo, tal como quando fazia teatro. É como se engolisse uma pastilha de adrenalina e tivesse de expelir. Já nem me lembrava que quando fazia peças, a seguir costumava ir dançar…já passou tanto tempo. Nunca tinha pensado muito bem na razão, mas sim, faz sentido. Ontem estava emocionada, mas acho que ninguém percebeu ou sentiu. Estava feliz, queria uma pista só para mim com quem gosto à volta, queria dançar a sorrir, queria sentir que ainda tenho teatro na pele. Queria fechar os olhos e inspirar amor. Ontem um conjunto de circunstâncias deixaram-me ficar com isto guardado cá dentro, hoje custa-me respirar. Esta energia continua cá.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Do capítulo - Coisas que me fazem bem

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Ir à janela e ver-te sorrir com os olhos.

Palavras

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Que saídas da boca de alguém, que gosta de nós e nos aceita como somos. Palavras que já pensámos, mas mesmo assim não assimilamos. Essas batem-nos como se fossemos contra um muro e fazem a diferença. Ficamos feridos, mas aprendemos que é melhor não voltar a repetir o embate. Hoje vi com clareza o que não me fica bem, o que na realidade não combina comigo e acredito que estou perto de mudar para melhor. Às vezes a nossa força está em sermos menos guerreiros.

I know the feeling...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Dei de caras com a imagem e a frase

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Que espelham a minha passagem de ano. A que foi fora do tempo, mas valeu por mil.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Não sei explicar.

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Nem sei se é suposto. Mas fazes-me falta.
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Há dias...

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...em que as coisas rodopiam de tal forma, que já não voltam ao lugar.  E por mais esforço que eu faça, por mais ar que me falte, simplesmente não voltam...


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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O tempo


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Essa medida que é tão palpável e tão efémera ao mesmo tempo. Com a idade vamos percebendo que ele anda à nossa volta e nem sempre temos mão nele (quase nunca mesmo). Quando somos adolescentes queremos ter dezoito, aos dezoito queremos ter mais, para sermos independentes e quando o somos queremos reviver os dezoito com o que sabemos aos trinta, aos cinquenta queremos voltar aos trinta com a sabedoria dos cinquenta...e por aí fora. Queremos sempre mais ou menos, porque a balança do tempo não tem equilíbrio possível.

Ontem ouvi uma pessoa dizer “Só tenho 7 meses e quero vivê-los bem”. A frase caiu-me como uma pedra no estômago. Confesso que o meu dia não estava a ser fácil, porque às vezes sou impulsiva em demasia e acabo por desiludir pessoas e consequentemente desiludo-me a mim mesma. O que ela disse e a forma como o disse despertou-me da neblina que me rodeava. Fiquei estática no sofá e a primeira coisa que me ocorreu, não foi ‘e se eu só tivesse 7 meses?’, mas sim ‘e se quem eu gosto apenas tivesse 7 meses?’. Os meus olhos encheram-se de lágrimas e o meu peito prendeu-me a respiração. Senti-me impotente...porque na realidade não sei por quanto tempo terei as pessoas de quem gosto comigo. Não sei eu, nem sabe ninguém. Levantei-me e dei uma volta pela casa, a minha casa e vi que nem todos aqueles que amo a conhecem, vi que a minha casa não tem fotografias, sei que as guardo todas na mente, mas não chega. O meu corredor enorme vai ter quem amo lá. Ainda não sei como, mas vou conseguir. Voltei ao sofá. Agarrei no telefone mas não liguei. Queria pedir desculpa, mas sei que era uma daquelas vezes que a pessoa do lado de lá diria que não há nada a desculpar, que está tudo bem. Queria ligar na mesma. Não liguei e sorri. Há pessoas que por mais que façamos, vão gostar de nós acima disso. Na televisão alguém faz comédia. Não me apetece rir, vou à janela. Está frio, muito mesmo, abro a janela. O frio gela-me a cara, a única parte fora da manta polar. Ahhh o frio....o privilégio de senti-lo. Dou meia volta, encosto-me e olho novamente a minha casa. Dá-me boas sensações esta casa, fico feliz por tê-la escolhido. Fecho a janela, sento-me no chão e rio-me sozinha porque oiço uma viola a tocar. Não está ali, mas é como se estivesse. 7 meses...o que são 7 meses? Nada, ou tudo. Há semanas atrás conheci alguém, que sem avisar tornou-se importante para mim, e dias depois me disse que daí a semanas iria embora. Não para sempre, mas ainda assim, embora. Não consigo estar triste, apesar de ser uma pessoa que sente muitas saudades de quem gosta, também fico feliz por eles seguirem sonhos. Ao ouvir ‘só tenho 7 meses’, o tempo ganhou um novo tom. Fica entre o verde e o azul, com pinceladas de vermelho. Deu uma volta e não me voltou a colocar no mesmo lugar. Voltei ao sofá e acrescentei mais uns centímetros ao coração, acho que nos próximos tempos vou precisar.

A mesma pessoa, talvez sem se dar conta, uma noite destas disse ‘Às vezes o tempo passa devagar’. Em alguns casos ainda bem...

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domingo, 10 de janeiro de 2010

Dias de Fogo

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Há dias em que por mais que faça sinto-me fora de mim. São provas que de fogo, que me fazem ver o quão pouco sei lidar com certas circunstâncias. Ontem não fui a Bia que conheço. A Bia que é easy going, sorridente e que dança para ela. Não consegui e não sei porquê. A minha tendência é pensar que errei em determinada altura, e que tudo desde aí foi despoletado por isso. Ontem senti-me assim e detesto não saber se estou certa ou errada. Sei que me habituo-o facilmente ao carinho, mas tenho de assimilar que os outros não são como eu. Hoje a cabeça lateja, o corpo treme, mas o que me dói mais não é nada físico. É uma sensação de falta. E não posso exigir nada de alguém, não é justo sequer. Vou deitar a cabeça na almofada e esperar um sorriso. 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Há músicas que me tiram do sério

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E tão boas para dançar agarrada a alguém no escuro que até dói. Esta é assim.


'Não sou nem lisboeta, nem portuguesa, sou uma cidadã do mundo'

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Ao longo dos meus vinte e oito anos, acho que já tive milhentas conversas sobre signos. Se acreditamos ou não, se influenciam a nossa forma de ser...e outras coisas que tal. Pessoalmente acredito em energias e no poder que estas possuem. Se há planetas que nos transmitem certas características? Pode ser que sim. Se nascer sob o signo X ou Y altera a nossa vida? Isso já não sei. Acredito que todos nós temos uma essência que nada tem a ver com signos.

É o mundo em que nos inserimos, as pessoas à nossa volta, os acontecimentos, são eles que nos moldam. Para o bem e para o pior. Quando vejo documentários como este, pergunto-me como seria o meu eu, se tivesse nascido num país diferente, ou com uma cor diferente, com diferentes crenças...e fico a imaginar. Isso sim é o que nos faz  ser melhores ou não, as circunstâncias.

 

Curiosidade: Para quem quer saber sou sagitário.  A minha mãe nunca fixou se nasci às 19:45 ou 20:45, por isso sou sagitário com ascendente ou em caranguejo ou leão. Mas o meu nome, esse é mesmo Margarida ;)


NOTA: Para quem quiser ver 20 minutos do documentário clique aqui.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Há músicas que sou eu. (e há mais quem saiba disso)

Um dos prazeres do momento

180º

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Coisas que eu devia lembrar-me com mais frequência:

-    -Não esperar dos outros o mesmo que lhes dou.

-    -Não acreditar que as pessoas não nos vão desiludir.

-    -Que poucas pessoas vão perceber a minha essência e valorizá-la.

-    -Não pensar tanto nos outros.

-    -Perder tempo com quem vale a pena, mas saber que essa pessoa pode não perder o mesmo comigo.

-    -Pensar menos, muito menos, e agir mais, ou simplesmente não fazer nada e esperar.

-   - I’m no one...and I must remember that more often.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Há coisas que não percebo

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Como é que coisas destas não estreiam em Portugal. Aliás, prefiro não perceber.
(o CCP traz o filme em sessão única, já é um passo)


One day i will ear something like this

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'(...)
I am yours now
So now I don't ever have to leave
I've been found out
So now I'll never explore
(...)'


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

I wonder...

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...what it's like to be loved by you.
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sábado, 2 de janeiro de 2010

Flash Rewind

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Num ano do qual tudo e todos se queixam, eu incluída, fiz um rewind e observei. Saí de mim e olhei o que passou, o que vivi e o que senti. Pela porta que sou entrou quem não esperava, uns surpreenderam, outros magoaram-me, outros saíram com a mesma rapidez com que abriram a porta para entrar. Pela porta que sou houve quem não tivesse cuidado e deixasse a corrente de ar entrar, e eu fiquei com pés frios até hoje. Eu própria entrei em muitas portas, nas deles, na minha e na de uma casa que já sinto como parte de mim. Mergulhei numa ilha que me mudou para sempre, acompanhada de quem veio para ficar. Ouvi música do mundo, escrevi sobre ela, entrei no mundo dos livros que adormeceram e não voltaram a acordar e nas festas que são diferentes de tudo. Pela minha porta, em final de ano, entrou a calma. Percebi que no ano que passou perdi gente, muito importante, mas que ganhei muitas mais. Que tudo o que fiz, pode ter-me magoado, mas teve um sentido – olhar para trás e ver que cresci. Entro neste ano com um sorriso e os olhos molhados. Porque a vida é feita de opostos e tudo bem.