quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ambrósio apetece-me algo.

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Delicio-me a olhar para as listas de exigências que os artistas fazem.

Aqui estão as do Rock in Rio 2008.


Amy Winehouse:
- Especifica a marca dos vinhos e o ano da colheita
- Canecas de porcelana chinesa

Metallica:
- Só querem produtos orgânicos
- Dois bifes crus
- A comida não pode ser confeccionada com álcool
- Querem 12 garrafas de «boa cerveja portuguesa»
- Trazem dois chefes de cozinha

Tokio Hotel:
- Um camarim próximo do palco, mas não na área de camarins
- Muitos doces: bolos, chocolates, bombons e gomas com a forma de ursinhos

Lenny Kravitz:
- Contentores para separação de lixo no camarim, palco e backstage
- Seis a oito ementas de restaurantes portugueses que estejam abertos durante a madrugada, para encomendar comida

Bon Jovi:
- Canja de galinha
- Comida sem glúten

Joss Stone:
- Comida vegetariana

Rod Stewart:
- 24 Bolas de futebol
- 100 Toalhas
- Duas Limousines
- Um secador de cabelo

Skank:
- Cerveja Sagres
- Um pacote de pastilhas

Ivete Sangalo:
- Toalhas pretas, que têm obrigatoriamente de ser novas
- 130 Brigadeiros
- 100 Peças de sashimi (peixe cru)

Alejandro Sanz:
- Camarim com casa de banho privada no interior

Orishas:
- Toalhas de mão pretas
- Águas Evian e Perrier
- Uma garrafa de Rum Havana Club com 7 anos

Moonspell:
- Latas de atum
- Uma refeição quente que seja nutritiva, completa e energética

Apocalyptica:
- Não pode existir nada nos camarins que contenha nozes (um dos membros da banda é alérgico)
- Não querem comida cozinhada com manteiga, só com azeite

Machine Head:
- Toda a comida deve ser orgânica
- Não querem água da marca francesa Evian (é a marca pedida pela maioria dos artistas)
- Não querem doces nos camarins

Kaiser Chiefs:
- Água vulcânica Figi
- Garrafas de bebidas brancas em miniatura

Muse:
- Não querem nada de plástico no camarim
- Duas escovas de dentes e uma pasta de dentes
- Ingredientes crus para cozinharem no próprio camarim

The Offspring:
- 60 chávenas
- Um souvenir local
- Uma bebida tipicamente portuguesa

Linkin Park:
- Proíbem o fumo na área de camarins e backstage
- Não pedem bebidas alcoólicas

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Quanto valem umas pernas?

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Ontem fiz a pergunta a mim mesma: porque são as pernas do Cristiano Ronaldo mais valiosas do que as da Vanessa Fernandes?

1º As dela têm mais trabalho, não se limita a correr e saltar. Ela salta para a água, nada, pedala e corre que se farta.


2º Já ganhou muito mais títulos que ele.


3º Todos sabemos que as pernas das mulheres deviam valer mais ;)


Portanto alguém me explica porque raio ele ganha infinitamente mais que ela?

(e não venham com a cantiga que o futebol é visto por mais gente, porque eu bem vi o Pavilhão Atlântico a abarrotar para a ver e muitos mais lugares por onde ela passa).


E comparo-a com o Cristiano Ronaldo apenas porque, tal como ela, é o melhor do mundo, mas a comparação podia ser feita com muitos outros.
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terça-feira, 20 de maio de 2008

Coisas que fazem pensar

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Hoje tentei aceder ao site Savedarfur.org, isto foi o que apareceu.





Por momentos senti que esta imagem de erro tinha qualquer coisa de diferente.

The connection is timed out.
Too long to respond.
Temporarily unavailable.
Too busy.
Unable to load
and so on...

Olho para o Darfur e toda a situação me parece assim : parada, impossível de aceder.

E sei que podiamos fazer tanto...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

A travessia do Tejo

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Faço-a todos dias duas vezes, para lá e para cá. Desde miúda habituei-me a ir para Lisboa de barco e nunca me custou. Hoje é diferente. Há dias em que simplesmente não me apetece levantar da cama e passado pouco tempo já estar ‘em cima’ de água aos abanicos. A disposição com que chego às margens da capital depende muito. De quê? Das pessoas que vão no barco.

Já tive diferentes horários ao longo da vida, faculdade, teatro, trabalho, lazer…mas em todos eles há este factor comum, as pessoas. E acreditem que elas fazem toda a diferença. Por mais cansada que esteja, chego ao barco e lá estão elas, as de sempre. Da escola, do café, do trabalho, de amigos, de onde forem, mas acho que estão sempre lá. Os chamados ‘amigos do barco’.

Uma expressão que quem não anda de barco não devem nunca ter ouvido. São aquelas pessoas que normalmente não nos damos no dia-a-dia (por nenhum motivo em particular), damo-nos naqueles 25 minutos. Já discuti política, desporto, religião, espectáculos, livros, mas a maior parte das vezes discute-se vida. Porque estamos com aquela cara, perguntamos pela família uns dos outros, amigos, notas, trabalho e ás vezes até damos boleia quando chove.

Ontem eram 9:23 o barco estava mesmo a chegar, peguei na mala e desci as escadas (para quem não sabe o catamarã tem 1º andar). Tinha estado a dormir aquele pequeno tempo, embalada pelo rio e ao chegar lá abaixo olho em frente e vejo um dos grupos do barco das 9:00. São à vontade 10 ou mais pessoas, entre os 30 e os 50 e tal anos e estavam muito alegres na sua converseta.

De repente deu-me a espertina e apercebi-me que há momentos que vivemos e raramente reparamos neles. Como os do barco, em que já é tão natural sentar ao lado das mesmas pessoas e iniciar uma conversa animada.

O barco atracou e a porta abriu-se. Saí e corri para o comboio, de caminho ainda tive tempo de ouvir as pessoas do tal grupo a seguir em diferentes direcções com um ‘Bom trabalho, até logo’. Um até logo que sabem existir, mas que se não existir não há problema, porque afinal são ‘só’ amigos do barco.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Do Brasil e outros doces

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Para começar confesso antes de mais que até há uns anos atrás não gostava de brasileiros. Não me perguntem porquê, apenas não gostava. Chateava-me aquela coisa de adorar o Brasil que via nas novelas (sim eu vejo-as), as pessoas, costumes, publicidade e etc e deparar-me com uma realidade bem diferente, trazida pelos imigrantes.

Quando entrei para uma das agências onde trabalhei fiquei na equipa de trabalho de um brasileiro. Ok ele era meu supervisor. O oposto do brasileiro, calado e tímido. Fiquei com medo. Comecei a conhecê-lo e a minha ideia mudou por completo. Ajudou-me muito, apesar dos prémios que tem na sua pasta é humilde e muito boa pessoa. Nos entretantos também passou por lá mais um director de arte paulistano bem ‘bácana’ que me chamava por um nome de manteiga bem engraçado e que era o motoqueiro mais fofo do Brasil (esta aprendi com eles, para eles tudo é fofo, até o Ronaldinho Gaúcho).

Actualmente a pessoa que me entrevistou e ‘trouxe’ (ou seja escolheu-me entre os outros marrecos), para a agência onde estou é brasileira. Tenho aprendido imensa coisa sobre S.Paulo e o Brasil, descobri que sei muito mais sobre aquele país do que imaginava e que tenho um prazer enorme em perceber as diferenças dentro da língua portuguesa e desta com ‘sotaqui’.

Hoje sei o que é uma patricinha e um mauricinho. Sei a diferença entre um bem casado e um casadinho. Que Rio de Janeiro e São Paulo têm rivalidade. Que gosto de Paçoca, Doce de Leite e Bis Bis. Que a H&M seria um óptimo negócio no Brasil. Que eles acham o Ronaldinho Gaúcho melhor que o Cristiano Ronaldo (vão sonhando). Sei que lá tem chá de panela e chá de cozinha (é tipo despedida de solteira). Que as brasileiras passam as passas do Algarve para descobrir: a esteticista ideal, cuecas brasileiras e biquínis que tal. Que lá adoram carne de vaca e não estão acostumados a comer strogonoff de frango, porco, etc…Que não entendem um cú da nossa gramática (eu dou o meu melhor a explicar juro) e que nem todas as brasileiras sabem sambar.

Um destes dias recebi isto lá do outro lado do mundo.




E um dia sei que irei lá, para sambar na Sapucaí, banhar-me em Copacabana e assistir aos espectáculos de São Paulo. Não perder o dia da ‘Pitza’ e os hambúrgueres das lanchonetes.

Olhar o país e pedir desculpa por um dia não ter gostado daquelas gentes.



P.S.: Só para frisar que este é mesmo um doce 'legaú'.




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terça-feira, 13 de maio de 2008

Apetece-me gritar

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Mundo: Ajuda aos birmaneses é escassa e número de mortos aumenta

13.05.2008
Fonte: Público

A junta militar que governa a Birmânia continua a impedir que a ajuda internacional em larga escala entre no país, quando haverá mais de um milhão e meio de pessoas a precisar de apoio imediato. O mais recente balanço ainda provisório do número de vítimas do ciclone Nargis dá conta de 32 mil mortos e de 30 mil desaparecidos, mas várias fontes falam em cem mil vítimas mortais.

vídeo: http://www.publico.clix.pt/videos/?v=20080513142824&z=1
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A vocês não?